Para você a viagem ideal é:

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segunda-feira, 3 de junho de 2013

Férias e Crianças: Onde Levar

Como viajar com as crianças sem perder as suas férias

Hotéis com recreadores infantis podem dar mais liberdade para os pais também aproveitarem um pouco mais as atrações do destino


Por isso, preparamos uma lista de hotéis para ir com os pequenos sem que os adultos tenham que dividir a atenção entre seus filhos e as atrações do destino. Benditos sejam os recreadores infantis!
1 – Juquehy Praia (São Sebastião)
A praia de águas calmas de Juquehy é o lugar ideal para sair com a criançada nas férias. Localizado à beira-mar, o hotel disponibiliza monitores que dão aulas de surfe para os mais esportistas, além de passeios de barco pelo rio e trilhas na mata atlântica. A programação infantil continua também com sessões de cinema e um restaurante com um cardápio especial para os pequenos hóspedes.
2 – Estância Barra Bonita (Barra Bonita)
Atrações infantis não vão faltar no verão desse hotel, pelo menos se depender do tema oficial da temporada: A Infância de Todos os Tempos, programação em que todas as gincanas e atividades ao ar livre serão preparadas de acordo com a temática. As crianças também contam com tobogãs e um parque aquático com escorregadores.
3 – Bom Tempo Resort (Petrópolis)
A programação desse resort temático de 40 mil metros quadrados construído para os amantes do tênis vai além das quadras e raquetes. Os pimpolhos são monitorados por profissionais que realizam jogos esportivos, atividades entre os animais da fazendinha e organizam sessões de cinema.
4 – Rio Quente Resorts (Goiás)
A estrutura desse complexo hoteleiro localizado em Rio Quente, a 43 quilômetros de Caldas Novas, está voltada para toda a família, mas as crianças contam com uma área dedicada, exclusivamente, às atividades infantis. A equipe de monitores Boto Infantil é responsável em manter os pequenos ocupados durante todo o dia (ou até que terminem suas ‘pilhas’) com uma intensa programação que inclui atividades esportivas, artísticas e ecológicas, como trilhas e caça-fantasmas.
5 – Club Med (Itaparica)
Esportes e artes são os destaques desse resort baiano construído com bangalôs sobre palafitas. Considerado a maior escola de esportes do mundo, o hotel oferece atividades infantis como arco e flecha, caiaque e o novo Le Petit Tennis, aulas de tênis desenhadas, exclusivamente, para o ensino de crianças. Já os pequenos ‘artistas’ contam com uma programação que inclui aulas de circo, oficinas de teatro e pintura, além de apresentações teatrais. Hóspedes com até 4 anos não pagam a estadia.
6 – Summerville Beach Resort (Porto de Galinhas)
O destino em si, conhecido pelas praias de piscinas naturais, já é um excelente motivo para sair de casa com a criançada. Mas nesse hotel de 70 mil metros quadrados vão faltar motivos para as crianças quererem sair dali: restaurante infantil com cardápio preparado à medida para os pequenos, uma piscina de 2.300 metros quadrados com áreas infantis exclusivas e um espaço, conhecido como Clubinho, com atividades recreativas, educação ambiental e prática de esportes.
7 – Bourbon Cataratas (Foz do Iguaçu)
O Kid´s Club é a área dedicada ao entretenimento das crianças hospedadas no hotel e conta com recreadores, piscina com brinquedos, sala de jogos, arvorismo e serviço de babá para os menores.


sexta-feira, 24 de maio de 2013

A Mulher Brasileira


As várias faces da mulher brasileira
Pesquisa revela quem são e como pensam as brasileiras hoje e qual será o futuro delas em um país cada vez mais feminino


As profundas transformações socioeconômicas pelas quais o Brasil passou nas últimas décadas tiveram como protagonistas as mulheres. De 1992 até 2012, mais mulheres passaram a frequentar escolas e a trabalhar com carteira assinada, ajudando, assim, a fortalecer a economia do País. Hoje, elas já representam 40% da massa de renda total dos brasileiros ? há 20 anos, essa participação não chegava a 30%. Desde 2002, a renda feminina no Brasil cresceu 62%, ao passo que a dos homens cresceu 39% (leia quadro na página 79). Além dos avanços sociais, a maioria das brasileiras sonha abrir seu próprio negócio. Elas também valorizam a independência financeira, ao mesmo tempo que associam felicidade à formação de uma família. Grande parte ainda se apega à religião como norte do desenvolvimento moral, porém sem se esquecer que a vida real exige uma tolerância maior do que a pregada pela maioria das crenças. Apesar de todos esses pontos em comum, no entanto, as brasileiras podem ser muito diferentes entre si, segundo revela uma recente pesquisa realizada pelo instituto Data Popular, em parceria com o projeto Tempo de Mulher.
Após ouvir 1,3 mil mulheres em 44 cidades do País, o estudo identificou os cinco perfis mais comuns entre as brasileiras. Em primeiro lugar, representando 25% das mulheres do Brasil, estão as conservadoras. São pessoas acima dos 50 anos, em sua maioria aposentadas (44% delas), ou donas de casa (28%), casadas (54%) ou viúvas (32%), católicas (59%), com baixa escolaridade e mais conservadoras em suas opiniões. Elas valorizam a religião, não estão propensas a aceitar relações homoafetivas, acreditam menos no poder de seu voto e são mais pessimistas que a média. Tão representativas quanto as conservadoras estão as tradicionais, que também correspondem a 25% das mulheres do País. Para essas brasileiras, a religião é, sim, muito importante, porém elas são mais tolerantes em relação às uniões homoafetivas, valorizam mais a independência financeira feminina e são mais otimistas. O perfil das tradicionais é o de a uma mulher de meia-idade (entre 40 e 50 anos), casada (69% delas), que estudou até o ensino médio (69%) e tem o trabalho como sua prioridade.
Em terceiro lugar chegam as promissoras, mulheres jovens de até 34 anos, com alta escolaridade (uma em cada três tem ensino superior), que trabalham, são conectadas à internet e se preocupam com o corpo (38% frequentam academias). São brasileiras independentes financeiramente e que valorizam a carreira ? para elas, felicidade não é apenas constituir família. As promissoras em geral também são menos conservadoras, aceitam as relações homoafetivas e possuem menos apreço pela religiosidade. Valores parecidos com aqueles defendidos pelas desprovidas, o quarto maior grupo entre as brasileiras (16%). Como o próprio nome diz, as desprovidas são mulheres bem jovens (metade delas tem até 24 anos), concentradas nas classes com menor renda, que não trabalham (73%), mas que, apesar da pouca idade, já têm ao menos um filho. Embora estejam em uma condição financeira ruim, elas têm mais vontade de empreender do que a maioria, valorizam muito a independência feminina e aceitam a diversidade sexual. O quinto perfil mais comum é o das lutadoras, que correspondem a 15% das brasileiras. Com 25 a 49 anos, separadas ou viúvas (51%), economicamente ativas (77%) e em esmagadora maioria chefes de família (95%), essas mulheres representam o futuro das desprovidas. Geralmente se tornaram mães cedo, tiveram de parar os estudos, mas depois retomaram a educação e hoje batalham para sustentar a família. Elas são religiosas, valorizam o empreendedorismo e priorizam a família.
Mas como serão as mulheres no Brasil do futuro? Segundo a pesquisa, a próxima geração de brasileiras promete ser menos conservadora ? apenas 1% delas terão esse perfil. As promissoras representarão 35% do total de mulheres, enquanto as lutadoras chegarão a 30%. Em terceiro lugar estarão as tradicionais (28%) e em quarto as desprovidas (6%). A maioria das futuras brasileiras também valorizará mais a independência financeira feminina, considerando a educação e o trabalho como os passaportes para essa independência. ?O interessante do Brasil é ver o quão rápido essas transformações sociais acontecem. Em apenas dez anos o perfil das brasileiras mudou muito e mudará mais ainda na próxima década?, diz Renato Meirelles, sócio-diretor da Data Popular.

domingo, 12 de maio de 2013

As Quatro Estações do Brasil.


Prepare-se, dependendo do lugar que você for no Brasil, pode até nevar...a temperatura na região sul do Brasil é a mesma que na Europa e neva na serra de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, principalmente nos meses de julho e agosto. O frio na região sul é insuportável, mas se na mesma época você for a Salvador, na Bahia o calor é grande o ano todo, uma média de 32 graus. Então leia esta reportagem para melhor organizar as suas malas e o seu bolso!!!
As Estações
No mundo inteiro, existem as diferentes temperaturas, estas que são caracterizadas pelas estações, já que o planeta Terra se movimenta e realiza as suas inclinações, mais conhecidas como translação, em relação ao sol, e por esta razão ocorrem as diferentes estações durante o ano. E as quatro estações são: Outono, Inverno,Primavera, Verão.
Em cada país as estações ocorrem em datas diferentes.  Em relação à outros países, as estações do ano no Brasil são inversamente proporcionais. As datas de início e término são pré-determinadas e possuem características que nos permitem identificá-las facilmente.
Datas do Outono no Brasil
Esta estação do ano é uma mudança entre o verão e o inverno. A data de início desta estação é no dia 21 de março e término em 21 de junho. Os dias desta estação são curtos e frescos. Caracteriza-se também nesta estação como o tempo propício e adequado para colheitas. As folhas de vários tamanhos e cores também podem ser visualizadas nesta estação do ano.
Datas do Inverno no Brasil
É considerada a mais gelada de todas as estações do ano, sendo o seu início no dia 21 de junho, e o término em 23 de setembro. Os dias do inverno são ainda mais curtos e, por esta razão a noite chega de modo mais rápido. Em alguns estados do sul, a neve é típica nesta estação, e no sudeste, a chuva é uma forte característica.  Tendo em vista as estações do ano no Brasil, enquanto aqui é inverno, na Europa, ocorre uma mudança de estações, entre a Primavera e o Verão.
Datas da Primavera no Brasil
Certamente uma das estações mais belas do ano. Pois se podem visualizar flores de todas as espécies e cores. Esta estação inicia-se em 23 de setembro e o seu término é em 21 de dezembro. Os dias desta belíssima estação são mais longos e também mais calorosos. Mesmo com a alta temperatura sempre há uma deliciosa brisa, tornando esta estação muito agradável. É caracterizada por dias com temperatura amena e agradável, e ao seu final, uma preparação para a próxima estação do ano, que é o verão.
Datas do Verão no Brasil
É a estação mais quente do ano entre todas as estações. Seu início é no dia 21 de dezembro e término em 21 de março. Os dias são longos e bem quentes. Árvores verdes e repletas de frutas. Caracteriza-se também pelo longo período de férias escolares, as famosas “Férias de Verão”. É o período do ano em que há um gasto menor de energia, pois a luz solar intensa dispensa o uso de aparelhos elétricos para iluminar os ambientes.
Todas as estações do ano, e as suas mudanças são indispensáveis para a distinção do clima do Brasil. Sem as estações, o Brasil seria um país sem o clima tropical tão conhecido mundialmente, então veja quais são as datas de suas estações preferidas e aproveite da melhor maneira.
 
Verão na cidade de Porto Alegre, Brasil.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Na Alfândega do Brasil!

Dica importante para você que deseja fazer comprinhas no Brasil e tem dúvidas se deve ou não comprar algo em função da Alfândega. A Polícia Federal brasileira é séria e cumpre com normas internacionais, além de ser treinada pelo FBI e S.W.A.T.T... então nem pensar em querer ser mais experto. Dependendo do caso, o turista é preso e fica detido na Superintendência da capital local ou no próprio aeroporto!! A multa é altíssima, além do advogado que irá cobrar uma fortuna para conseguir a sua liberdade.

Então preste atenção no que você deve levar consigo quando passar na Alfândega e na mala quando for despachada...o critério de vistoria das malas é enorme...então não seja tolo nem tente ser esperto no Brasil!!!

O que o viajante NÃO pode levar para o exterior como bagagem

Não são conceituados como bagagem, no sentido aduaneiro, mesmo que levados pelo viajante:

  • Objetos destinados a revenda ou a uso industrial


  • Automóveis, motocicletas, motonetas, bicicletas com motor, trailers e demais veículos automotores terrestre se suas partes e peças.


  • Aeronaves e suas partes e peças


  • Embarcações de todo tipo, motos aquáticas e similares e motores para embarcações, além de suas partes e peças
O que é PROIBIDO levar para o exterior

O viajante não pode levar do Brasil:


  • Peles e couros de anfíbios e répteis, em bruto

  • Animais silvestres, lepidópteros e outros insetos e seus produtos, sem guia de trânsito, fornecida pelo Ministério do Meio Ambiente

Sem autorização do Ministério da Cultura:

Quaisquer obras de arte e ofícios tradicionais, produzidos no Brasil até o fim do período monárquico, as oriundas de Portugal e incorporadas ao meio nacional durante os regimes colonial e imperial e as produzidas no estrangeiro, nesses mesmos períodos, e que representem personalidades brasileiras relacionadas com a História do Brasil ou paisagens e costumes do País;

Bibliotecas e acervos documentais, completos ou parciais, constituídos de obras brasileiras ou sobre o Brasil, editadas nos séculos XVI a XIX;

Coleções de periódicos com mais de dez anos de publicação, bem assim quaisquer originais e cópias antigas de partituras musicais.

Bagagem Acompanhada – Procedimentos na saída do Brasil

A Receita Federal do Brasil não emite qualquer documento para comprovação da saída de bens ao exterior constantes de bagagem de viajante. Quando do retorno de bens ao país o viajante poderá comprovar sua procedência por qualquer meio idôneo, como por exemplo:

No caso dos bens estrangeiros adquiridos no Brasil, a comprovação poderá ser feita mediante a apresentação da Nota Fiscal, emitida por estabelecimento domiciliado no País;
No caso de bens adquiridos no exterior e trazidos para o País em outra viagem, a comprovação far-se-á mediante apresentação da DBA devidamente desembaraçada, contendo a descrição detalhada do bem;
O viajante que estiver saindo do Brasil portando valores em montante superior a R$10.000,00 (dez mil reais) ou o equivalente em outra moeda, em espécie, é obrigado a apresentar a Declaração Eletrônica de Porte de Valores (e-DPV) , por meio da internet, e se apresentar à fiscalização aduaneira do local de saída do País, para fins de conferência.

Atenção! Atendidas determinadas condições, o viajante pode levar para o exterior outros bens, excluídos do conceito de bagagem.

Bagagem Desacompanhada – Procedimentos na saída do Brasil

Os bens integrantes de bagagem desacompanhada devem ser submetidos a despacho aduaneiro de exportação , por meio da Declaração Simplificada de Exportação (DSE), formulada em microcomputador conectado ao Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex), podendo, nesse caso, ser dispensado o procedimento de habilitação para utilizar o Siscomex , se a declaração for elaborada por um funcionário da Aduana ou por um despachante aduaneiro nomeado pelo viajante.

Atenção.

A exportação por meio do Siscomex é um procedimento que não é tão simples para as pessoas não habituadas aos procedimentos aduaneiros, por essa razão, se for o caso, aconselha-se que o viajante se informe das providências e dos prazos necessários antes da sua saída para o exterior.

Atendidas determinadas condições, o viajante pode levar para o exterior outros bens, excluídos do conceito de bagagem .

Veículos (automóveis, motocicletas, bicicletas motorizadas, casas rodantes, reboques, embarcações de recreio e desportivas e demais veículos similares, de uso particular, utilizados para fins de turismo) – Procedimentos na saída
Residentes no Brasil:

Se o viajante sair por via terrestre, conduzindo o veículo: nenhum procedimento junto à Aduana, desde que o condutor porte a documentação exigida na legislação aplicável ao viajante e o veículo não transporte mercadorias que, por sua quantidade ou características, façam supor finalidade comercial, ou que sejam incompatíveis com as finalidades do turismo (vide art. 356 do Decreto 6.759/2009 );

Outras situações: efetuar o despacho aduaneiro do veículo, sob regime de exportação temporária , por meio de Declaração Simplificada de Exportação (DSE) formulada em microcomputador conectado ao Siscomex, podendo, nesse caso, ser dispensado o procedimento de habilitação para utilizar o Siscomex , se a declaração for elaborada por um funcionário da Aduana ou por um despachante aduaneiro nomeado pelo viajante.

Atenção. A exportação por meio do Siscomex é um procedimento que não é tão simples para as pessoas não habituadas aos procedimentos aduaneiros, por essa razão, se for o caso, aconselha-se que o viajante se informe das providências e dos prazos necessários antes da sua saída para o exterior.

Residentes no exterior:

Veículos registrados em país integrante do Mercosul e conduzidos pelo proprietário ou por pessoa por ele autorizada, residentes no país de matrícula: nenhum procedimento junto à Aduana, desde que o condutor porte a documentação exigida na legislação aplicável ao viajante e o veículo não transporte mercadorias que, por sua quantidade ou características, façam supor finalidade comercial, ou que sejam incompatíveis com as finalidades do turismo (vide art. 356 do Decreto 6.759/2009 )

Se o viajante residir em país não integrante do Mercosul, qualquer que seja a via de transporte utilizada, inclusive o próprio viajante conduzindo o veículo: utilizar o formulário Declaração Simplificada de Exportação (DSE), estabelecido no art. 31 da Instrução Normativa SRF nº 611/06 e reexportar o veículo admitido temporariamente no Brasil;

Bens excluídos do conceito de bagagem, levados para o exterior pelo viajante

Além dos bens enquadrados no conceito de bagagem , o viajante pode levar consigo para o exterior, mediante a apresentação da nota fiscal de compra respectiva, outros bens adquiridos no Brasil até o limite de US$ 2,000.00, desde que eles não estejam sujeitos a controles específicos de outros órgãos da Administração Pública (como, por exemplo, a Vigilância Sanitária ou o Ministério da Agricultura) e não se subordinem ao regime de cota ou contingenciamento de exportação.

Os bens que não se enquadrarem no conceito de bagagem, cujo valor total exceda o limite de U$ 2,000.00 ou para os quais não seja apresentado o documento fiscal correspondente, só poderão sair do País se efetuado o seu despacho aduaneiro de exportação , por meio:

do formulário Declaração Simplificada de Exportação (DSE) de que trata o art. 31 da Instrução Normativa SRF nº 611/06 , se o valor total dos bens for igual ou inferior a US$ 1,000.00;

da DSE, registrada no Siscomex, se o valor total dos bens for igual ou inferior a US$ 50,000.00, podendo, nesse caso, ser dispensado o procedimento de habilitação para utilizar o Siscomex , se a declaração for elaborada por um funcionário da Aduana ou por um despachante aduaneiro nomeado pelo viajante ou, ainda, se a exportação for realizada por intermédio da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) ou de empresa de transporte expresso internacional (Courier); ou


  • Declaração de Exportação (DE), registrada no Siscomex, se o valor total dos bens for superior a US$ 50,000.00, após o interessado ser habilitado para utilizar o Siscomex , podendo a declaração ser registrada pelo próprio viajante ou por um despachante aduaneiro por ele nomeado.
Atenção . A exportação por meio do Siscomex é um procedimento que não é tão simples para as pessoas não habituadas aos procedimentos aduaneiros, por essa razão, se for o caso, aconselha-se que o viajante se informe das providências e dos prazos necessários antes da sua saída para o exterior.


    1. Veículos registrados em país integrante do Mercosul e conduzidos pelo proprietário ou por pessoa por ele autorizada, residentes no país de matrícula: nenhum procedimento junto à Aduana, desde que o condutor porte a documentação exigida na legislação aplicável ao viajante e o veículo não transporte mercadorias que, por sua quantidade ou características, façam supor finalidade comercial, ou que sejam incompatíveis com as finalidades do turismo (vide art. 356 do Decreto 6.759/2009 
       
    2. Se o viajante residir em país não integrante do Mercosul, qualquer que seja a via de transporte utilizada, inclusive o próprio viajante conduzindo o veículo: utilizar o formulário Declaração Simplificada de Exportação (DSE), estabelecido no art. 31 da Instrução Normativa SRF nº 611/06 e reexportar o veículo admitido temporariamente no Brasil; 
       
Bens excluídos do conceito de bagagem, levados para o exterior pelo viajante




Além dos bens enquadrados no conceito de bagagem , o viajante pode levar consigo para o exterior, mediante a apresentação da nota fiscal de compra respectiva, outros bens adquiridos no Brasil até o limite de US$ 2,000.00, desde que eles não estejam sujeitos a controles específicos de outros órgãos da Administração Pública (como, por exemplo, a Vigilância Sanitária ou o Ministério da Agricultura) e não se subordinem ao regime de cota ou contingenciamento de exportação.

Os bens que não se enquadrarem no conceito de bagagem, cujo valor total exceda o limite de U$ 2,000.00 ou para os quais não seja apresentado o documento fiscal correspondente, só poderão sair do País se efetuado o seu despacho aduaneiro de exportação , por meio:



    • do formulário Declaração Simplificada de Exportação (DSE) de que trata o art. 31 da Instrução Normativa SRF nº 611/06 , se o valor total dos bens for igual ou inferior a US$ 1,000.00; 
       
    • da DSE, registrada no Siscomex, se o valor total dos bens for igual ou inferior a US$ 50,000.00, podendo, nesse caso, ser dispensado o procedimento de habilitação para utilizar o Siscomex , se a declaração for elaborada por um funcionário da Aduana ou por um despachante aduaneiro nomeado pelo viajante ou, ainda, se a exportação for realizada por intermédio da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) ou de empresa de transporte expresso internacional (Courier); ou 
       
    • da Declaração de Exportação (DE), registrada no Siscomex, se o valor total dos bens for superior a US$ 50,000.00, após o interessado ser habilitado para utilizar o Siscomex , podendo a declaração ser registrada pelo próprio viajante ou por um despachante aduaneiro por ele nomeado.

Atenção A exportação por meio do Siscomex é um procedimento que não é tão simples para as pessoas não habituadas aos procedimentos aduaneiros, por essa razão, se for o caso, aconselha-se que o viajante se informe das providências e dos prazos necessários antes da sua saída para o exterior.

domingo, 5 de maio de 2013

Passeios pela França

Castelo de Vaux-le-Vicomte


O Castelo de Vaux-le-Vicomte (ou Palácio de Vaux-le-Vicomte - Château de Vaux-le-Vicomte na sua verdadeira designação em francês) é um palácio setecentista francês, construído em estilo Barroco entre 1658 e 1661. Fica situado na comuna de Maincy, departamento de Seine-et-Marne, 50 km. a Sudeste de Paris, próximo de Melun.
Este castelo foi construído pelo Superintendente das Finanças de Luís XIV, Nicolas Fouquet. Este último apelou aos melhores artistas da época para construir o seu palácio: o arquitecto Louis Le Vau, o pintor Charles Le Brun e o paisagista André Le Nôtre. O talento desta equipa serviria a Luís XIV para a conrstução do seu Château de Versailles depois da prisão de Fouquet.
O palácio é, actualmente, a maior propriedade privada com o título de Monument historique (Monumento Histórico) na França, obra-prima da arte francesa do século XVII. 


Organização geral

O palácio está situado numa plataforma rectangular e rodeado por fossos repletos de água. o edifício ocupa a parte Sul desta plataforma. Duas pontes levadiças ligam os edifícios ao resto do jardim. As alas praticamente não existem, este tipo de arquitectura havia desaparecido no decorrer da primeira metade do século XVII. O palácio comporta um corpo central com três corpos avançados do lado do pátio e uma rotunda do lado do jardim. Possui quatro pavilhões, dois de forma quadrada do lado do jardim e dois de forma rectangular do lado do pátio. Vistos lateralmente parecem, no entanto, gémeos, o que constitui uma tradição da arquitectura francesa. O carácter aberto da construção e o plano maciço são característicos da época.

Existe, contudo, uma inovação. Com efeito, os palácios franceses comportam habitualmente só uma sequência de peças que vão de uma extremidade à outra da construção (corpo simples). Em Vaux-le-Vicomte, o arquitecto demonstrou inovação organizando o espaço interno com uma fila de peças paralelas com portas alinhadas (corpos duplos). Este tipo de organização em construções já tinha sido utilizado por Louis Le Vau no hôtel Tambonneau em 1640 e por François Mansart no l’hôtel de Jars em 1648, mas seria apenas em Vaux-le-Vicomte que esta seria aplicada a um palácio.
A rotunda (salão), que compreende uma única divisão, é uma outra originalidade. O conjunto constituído pelo vestíbulo e pelo salão formam uma trincheira central em torno da qual gravitam duas partes autónomas, cada uma delas com uma escadaria. No rés-do-chão, do lado do jardim, encontram-se dois apartamentos, um destinado ao Rei e o outro, à direita, a Nicolas Fouquet. As divisões do rés-do-chão do lado do pátio são, em 1661, salas complementares dos dois apartamentos do lado do jardim. Encontra-se aqui uma divisão que serve de sala de refeições, uma peça aparecida na França em meados do século XVII. No entanto, Le Vau não soube explorar a inovação que constituía o corpo duplo, uma vez que não parece encontrar destino convincente para a sala do rés-do-chão do lado do pátio.

A meia-cave é em parte enterrada, o que permite a instauração de um plano reunido. Um corredor longitudinal atravessa a meia-cave, composto por cozinhas, salas de serviço e quartos de oficiais. A cozinha fica no lado oposto à sala de refeições, mas comunica com o bufete do rés-do-chão graças ao corredor longitudinal. Dois corredores laterais são acrescentados em 1659 por ordem de Vatel, agora mestre da hotelaria de Nicolas Fouquet.
No primeiro andar encontra-se, igualmente, um corredor longitudinal. No lugar que corresponde ao vestíbulo do rés-do-chão, encontrava-se, na época de Nicolas Fouquet, uma capela (lado do pátio). À esquerda, no lado do pátio, encontra-se o apartamento de Nicolas Fouquet, e do lado do jardim, o da sua esposa. São compostos por uma antecâmara, um quarto e um gabinete. Atualmente, o quarto de Madame Fouquet está dividido em duas peças: um gabinete e um quarto, ambos em estilo Luis XV. A parte direita do primeiro andar apenas é sumariamente trabalhada.









  • Cinema

  • ·         O palácio serviu de cenário para vários filmes:
  • ·         Les mariés de l'an deux (1971).
  • ·         La folie des grandeurs (1971).
  • ·         Moonraker (1979).
  • ·         Valmont (1989).
  • ·         La Fille de d'Artagnan (1994).
  • ·         L'Allée du roi (1995).
  • ·         Ridicule (1997).
  • ·         L'homme au masque de fer (1997).
  • ·         Les visiteurs II (1998).
  • ·         Le roi danse (2000).
  • ·         Vatel (2000).
  • ·         Le pacte des loups (2001).
  • ·         Vidocq (2001).
  • ·         Les aristos (2006).
  • ·         Marie Antoinette (2006).
  • ·         Jean de la Fontaine (2007).
  • ·         Molière (2007).
    Salão Oval

 Conheça o site do castelo e veja as programações para os meses de maio e junho. Você pode agendar e reservar lugar em sua data preferida para o evento:

http://www.vaux-le-vicomte.com/

sábado, 4 de maio de 2013

Os Melhores Lugares



Gramado/Rio Grande do Sul/Brasil



A hotelaria é um ponto alto de Gramado. Em 2012, foi inaugurado o Gramado Master Palace, com 240 apartamentos. É mais um empreendimento de alto padrão na região, que, em 2011, ganhou o luxuoso Saint Andrews, o mais confortável de Gramado – e também o mais caro -, com diárias acima de mil reais. No grupo de diárias altas e confortáveis também estão a Varanda das Bromélias, a Pousada La Hacienda e a Estalagem St. Hubertus.

No extremo oposto, há boas hospedagens e com preços acessíveis, como as pousadas Vovó Carolina e Kaster. No bom e barato Gramada Hostel, a diária inclui café da manhã, os apartamentos são novos e bem-cuidados. Além dos quartos coletivos, o albergue tem acomodações para casais e famílias.

ONDE COMER

Comer bem e com fartura é parte da programação em Gramado. O leque gastronômico abrange desde rodízio da Casa di Paolo, que serve um dos melhores galetos do país, às fondues dos estrelados Belle Du Valais e Le Petit Clos. A sequência de fondues por preço fixo é uma oferta comum em Gramado, mesmo nas melhores casas. Não deixe de ir no Gasthof Edekweiss e Bouquet Garni. Não faltam ainda restaurantes com influência alemã e italiana, como as casas de massas, café colonial e carne de caça. A novidade é o restaurante de cozinha variada do luxuoso hotel Saint Andrews.

COMO CHEGAR

De carro, a partir de Porto Alegre, há três caminhos. O mais bonito (e sinuoso) é pela BR-116, mas o mais comum é sair da BR-116 depois de Novo Hamburgo, pegar a RS-239 e, em Taquara, seguir pela RS-115. O mais curto é ir pela cidade de Cachoeirinha, na RS-020, e continuar pela RS-115, depois de Taquara. Do Aeroporto Salgado filho e da rodoviária de Porto Alegre, os mais próximos de Gramado, saem ônibus diários (Viação Citral, 0800-979-1441), com preços entre R$ 21,90 e R$ 28,25. O percurso leva cerca de duas horas.


COMO CIRCULAR

Não há semáforos e o trânsito é ordenado pelas rótulas, como são conhecidas as rotatórias que se encontram, na maioria, ao longo das avenidas principais: a Borges de Medeiros e a das Hortênsias. Boa parte dos hotéis e restaurantes de Gramado concentra-se, aliás, entre as duas vias – o melhor jeito de ir de um lugar a outro é caminhando. Para chegar a lugares mais distantes, há táxis e linhas de ônibus. O circular que vai de Gramado a Canela parte da rodoviária e passa por vários pontos turísticos, como a Aldeia do Papai Noel, chocolaterias e museus. A pé, use livremente as faixas de pedestres – os carros realmente param para você atravessar.

SUGESTÕES DE ROTEIROS

2 dias – Faça compras no Centro, circule pela Rua Coberta e tome um delicioso chocolate quente em um dos cafés por ali. No almoço, prove o galeto do restaurante Casa di Paolo e depois passeie pelo Lago Negro. No jantar, prove uma fondue em um dos restaurantes suíços estrelados da cidade: Belle Du Valais ou Le Petit Clos. No dias seguinte, dê um giro por diversos países, no Mini Mundo, e conheça o Parque do Caracol, na vizinha Canela.

5 dias – É o tempo ideal para aproveitar com calma as principais atrações. Compre o Passaporte Museus de Gramado, que dá direito a entrada no Hollywood Dream Cars, Super Carros, Dreamland Museu de Cera e Harley Motor Show. O Gramadozoo, onde só há bichos da fauna brasileira, é programa imperdível para famílias. E mergulhe na vida rural de Gramado em um roteiro de Agroturismo.

7 dias – Em Canela há diversas atrações para ir com a família, como o recém-inaugurado Terra Mágica Florybal, um parque temático, e o famoso Alpen Park, para quem gosta de aventuras. Outra novidade por lá é o Museu da Moda. O Centro Budista Chagdud Gonpa fica no alto de uma bela colina em Três Coroas, a 31 quilômetros. De volta a Gramado, se você gostou de ver miniaturas, não perca o Mundo Encantado, onde há representações da cidade.

QUANDO IR

No inverno, sobretudo em julho, no Festival de Cinema, em agosto, e no Natal Luz, de novembro à janeiro, a cidade lota, há trânsito e os preços sobem. Para gastar menos, vá entre fevereiro e maio ou entre setembro e outubro.

VIDA NOTURNA

Muita gente jovem se reúne no Bill Bar, uma casa noturna que se tornou point nos fins de semana de Gramado. Também às sextas e sábados, o museu Harley Moto Show se transforma em um pub – quem visita o local durante o dia ganha o ingresso para a balada à noite.












Estado de Alagoas/Brasil

Alagoas  é o nosso  Caribe brasileiro.  Com a sua natureza estonteante, mar verde e areia fininha  com praias de todos os gostos e cada uma diferente com sua natureza peculiar mas todas com a sensação de se estar no paraíso. Partindo desse merecido título você já pode ter uma ideia do que esperar das cidades litorâneas. Veja o que há de melhor nesse pedacinho do nordeste:
Uma das vantagens de conhecer Maceió, capital de Alagoas no Brasil, é poder desfrutar das facilidades de uma cidade com estrutura de uma grande capital mas que ainda caminha em ritmo de interior. Aeroporto moderno, bons restaurantes, hotéis preparados, infra-estrutura voltada para o turista sem todo o trânsito de uma cidade grande – aliados às belezas naturais e ao povo acolhedor esses são os diferenciais da cidade. Como o calor é intenso o ano inteiro, basta que faça sol para que Maceió esteja alegre, cheia de gente nas areias, e que o dia esteja perfeito para um mergulho no mar.

Para quem viaja à cidade pela primeira vez, a dica é levar em consideração a tábua das marés, que pode ser consultada no site da Marinha. As boas praias dessa região estão protegidas por barreiras de corais, portanto, os melhores momentos do mar são aqueles em que a maré está baixa – é nessa hora que se formam as piscinas naturais e o mar fica tranquilo.
Dentre as praias imperdíveis da capital está Pajuçara, famosa por oferecer passeios de jangada onde os turistas podem observar peixes em águas super cristalinas. A região de Pajuçara, inclusive, é uma das melhores áreas para se hospedar, por conta da boa oferta de restaurantes e das feirinhas artesanais que ali estão. A vizinha, Ponta Verde, é outra praia interessante para turistas, especialmente pelos famosas barracas Lopana e Kanoa, opção para o dia ou para a noite.
Para quem gosta de explorar o litoral e conhecer praias menos urbanas, as grandes opções são a Praia do Gunga e a Praia do Francês, destinos certos dos maceioenses no final de semana. Essas praias são procuradas por pessoas de todas as idades, perfeitas para quem quer aproveitar um dia de sol, sombra e água de coco. A Praia do Gunga é destaque como uma das mais belas do Brasil, fato que se deve ao cenário perfeito do encontro de cores da água e dos inúmeros coqueiros verdinhos ao longo da orla.

A culinária nordestina, marca característica de Alagoas, pode ser apreciada em restaurantes como o Massagueirinha ou Bodega do Sertão, lugares perfeitos para conhecer mais a fundo a comida regional. É de dar água na boca só de lembrar! O melhor do artesanato, principal fonte de renda de muitas famílias, pode ser visto no Pontal da Barra, o local de venda da renda, um artesanato característico do estado.
Maragogi
Quem puder prolongar um pouquinho a viagem e conhecer outros paraísos alagoanos pode, e deve, visitar Maragogi. A cidade fica a 125 km de Maceió ou a 130 km de Recife e por ser muito pacata é o local perfeito para descansar. A tranquilidade e visual paradisíaco de praias verdinhas, quase desertas, seriam suficientes para atrair muitos turistas; mas o sucesso da cidade é outro. São suas piscinas naturais formadas por corais que dão vida às pequenas pousadas e aos poucos hotéis durante todo o ano. Maragogi é um destino incrível para conhecer em família, ou numa viagem romântica.

É depois de um ligeiro trajeto mar a dentro que a gente entende porque a cidade de nome diferente é tão visitada. As Galés, mais famosas piscinas naturais de Maragogi, são o local perfeito para um mergulho. Basta entrar na água e se aproximar dos corais que peixinhos coloridos dão as boas-vindas e já indicam que ali, quem comanda é a natureza. A região é uma APA – área de proteção ambiental – e por isso o número de visitantes nas piscinas é limitado.
Quem não se contenta com o mergulho refrescante em águas verdes, porém transparentes, poderá fazer mergulho com snorkel e observar ainda mais peixes. Melhor ainda é fazer um mergulho acompanhado por um profissional, com cilindro, onde o turista pode observar espécies marinhas que ficam escondidas e não dão o ar da graça em áreas rasas.
Tanto Maragogi quanto Maceió são destinos nordestinos muito procurados entre os amantes de águas quentes e águas cristalinas. 



quarta-feira, 1 de maio de 2013

Novas Regras de Imigração no Brasil


Veja a seguir o texto de Leonora Corsini sobre as novas regras de imigração no Brasil, tendo em vista as crises nos Estados Unidos e Europa e o crescimento e oportunidades de emprego que o Brasil oferece atualmente.

O Brasil e a nova Lei de Estrangeiros

Texto de Leonora Corsini



De acordo com os estudiosos do tema das migrações, existem hoje cerca de 200 milhões de migrantes em circulação no mundo; são números bastante expressivos, que permitem postular a existência de um sexto continente – o “continente móvel” – que corresponde a praticamente 3% da população mundial. Algo do tamanho da população brasileira vive em contínuo movimento migrante; seria como imaginar todo o nosso país migrando pelo mundo. Yann Moulier-Boutang chama este movimento em massa de “Continente da Fuga”, uma terra que tem de ser sistematicamente conquistada e que começou a ser delineada a partir da fuga do trabalho dependente, da escravidão e da servidão, acabando por ter um caráter positivo nos países de imigração ao criar as condições que favorecem a acumulação.

Neste sentido, os fluxos bilionários das remessas de dinheiro feitas pelos migrantes a seus países de origem falam por si: percorrendo muitas vezes canais informais, fora do sistema bancário oficial, as remessas dos migrantes movimentam um impressionante volume de dinheiro – mesmo com a crise – muitas vezes mais importante para os países de origem que a própria ‘ajuda’ recebida dos países mais ricos através dos organismos multilaterais e agências internacionais de desenvolvimento.

Depois dos Estados Unidos, os países da União Européia são os que mais recebem imigrantes. Ao mesmo tempo, de um modo geral, a Europa apresenta queda no crescimento populacional, o que poderia fazer paralisar o mercado de trabalho europeu em pouco mais de dez anos não fosse o fato de o fenômeno das migrações não parar de crescer. Como observa Flavio Carvalho, residente em Barcelona e participante do Coletivo Brasil Catalunya e da Rede de Brasileiros no Exterior, a Europa das grandes guerras sempre buscou refúgios pelo mundo; agora, os países do continente necessitam de pessoas, sobretudo de trabalhadores jovens, em idade produtiva e preferencialmente com alta qualificação profissional. Por esse motivo, a UE acaba desrespeitando a própria Declaração Internacional dos Direitos Humanos na hora de expulsar os que não interessam pela “porta dos fundos”, ao mesmo tempo em que cria o BlueCard, um tipo de visto que permite aos “cérebros” que a própria UE se dará o direito de escolher, o ingresso pela “porta da frente”.

Trata-se, portanto, de uma inclusão, sim, mas sempre seletiva. Inclusão seletiva que deve ser entendida como algo mais do que um simples efeito das dificuldades e desafios jurídicos e econômicos colocados pela necessidade de importação de mão-de-obra exógena sem prejudicar os mercados internos autóctones; trata-se, ao contrário, de uma tentativa de conter para internalizar a mobilidade dos migrantes, um processo histórico que visa, sobretudo, organizar e garantir o aprovisionamento regular de trabalho dependente. Flavio Carvalho traz o exemplo da Espanha, que necessita de algo como dois milhões de imigrantes para o seu mercado de trabalho, “com crise ou sem crise”. Desses migrantes, 43% terão nível de estudos superior, mas provavelmente trabalharão em “serviços pesados” e receberão baixos salários. “A Espanha tem a fama de deter o primeiro lugar no mundo em utilização de trabalhadores altamente qualificados para serviços que não precisam nenhuma prévia qualificação. Talvez por isso, a Espanha seja também o país ‘número 1’ em remessas de imigrantes na União Européia desde 2003”.

Rede de Brasileiros e Brasileiras no Exterior e as Conferências Brasileiros no Mundo – instrumentos de cidadania

Depois de mais de três décadas de “saída” de brasileiros (que hoje chegariam a seis milhões de pessoas), em julho de 2008 o Governo Lula tomou a decisão inédita e histórica de convidar uma centena desses brasileiros espalhados pelo mundo para se reunir no Palácio do Itamaraty, no Rio de Janeiro. A reunião teve entre seus objetivos criar um canal de comunicação com os emigrados, para falarem dos seus problemas e apresentarem propostas em uma grande Conferência, tal como tem sido prática em outras Conferências brasileiras: as Conferências das Cidades, da Educação etc. Trata-se de um processo participativo com forte protagonismo do verdadeiro novo movimento social brasileiro que se constitui nas redes solidárias dos brasileiros no mundo.

Em 2008 foi lançado o “Guia Brasileiros e Brasileiras no Exterior – Informações Úteis” (que pode ser acessado em http://www.mte.gov.br/trab_estrang/brasileiros_no_exterior_cartilha_2008.pdf); para este ano está previsto o início do funcionamento da Casa do Trabalhador Brasileiro na Espanha (a primeira já existe no Paraguai e a próxima foi anunciada em visita do Presidente do Conselho Nacional de Imigração do Brasil à Barcelona). Tais iniciativas convergem para o objetivo estratégico de avançar no processo participativo das Conferências “Brasileiros no Mundo”, um canal institucional de diálogo com as comunidades de brasileiros que vivem no exterior. Consolidando o processo, o Ministério das Relações Exteriores lançou, também em 2009, um portal de informações na Internet (http://www.brasileirosnomundo.mre.gov.br), incluindo listas de associações e organizações que agregam ou apóiam brasileiros, meios de comunicação a eles destinados, estimativas populacionais, referências bibliográficas e registros audiovisuais. O portal propõe também ser um meio de divulgação, manutenção e documentação das Conferências Brasileiros no Mundo, cujo segundo encontro acontecerá em outubro deste ano novamente no Palácio do Itamaraty do Rio de Janeiro. Todas essas iniciativas expressam, além de uma sensibilidade diferente com relação à questão migratória, o empenho do atual governo em promover a melhoria da qualidade de vida e da plena cidadania das brasileiras e brasileiros em contextos de migração, fortalecendo os processos organizativos dessas redes de migrantes como instrumento de cidadania.

Os “olhos azuis”, a crise mundial, e a situação dos migrantes sem documentos

Também são boas as notícias para os estrangeiros que vivem no Brasil em situação “irregular”: o presidente Lula sancionou, em julho último, o projeto de lei (PL 1.664/2007) que anistia e abre caminho à legalização de milhares de migrantes que estão nesta situação no país. “Com a medida, o Brasil dá um exemplo ao mundo, especialmente aos países europeus e aos Estados Unidos, onde os imigrantes são perseguidos”, disse o relator do projeto, deputado Carlos Zarattini (PT-SP). Estima-se que o projeto vá beneficiar os estrangeiros que estão nesta condição e que ingressaram no Brasil até o 1º de fevereiro de 2009, ou seja, de 150 mil a 200 mil migrantes não-documentados. Constitui também um ato histórico, que coloca o Brasil, mais uma vez, em posição de destaque em termos de sua política de relações internacionais: enquanto a maioria dos países ricos fecham as suas portas aos migrantes, o Brasil segue a direção oposta. Essa nova tendência foi apontada pelo próprio presidente Lula durante a 98ª Conferência Internacional do Trabalho, na Suíça, evento que comemorou os 90 anos da Organização Internacional do trabalho (OIT), quando criticou os países ricos por estarem “jogando a culpa (pela crise) em cima dos migrantes” e reiterou o polêmico comentário feito durante a visita do primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, de que a crise financeira internacional teria sido provocada “por homens brancos e de olhos azuis”.

A regularização dos migrantes não afeta apenas os direitos imediatos, como o respeito ao salário mínimo e a definição de uma jornada de trabalho, mas também os direitos futuros. Como explica o secretário de políticas da Previdência Social, Helmut Schwarzer, a transferência de um trabalhador de um país para outro pode fazer com que ele não consiga cumprir integralmente, em um único país, os requisitos para ter benefícios previdenciários como a aposentadoria. O Brasil hoje mantém acordos sobre regras previdenciárias com sete países: Portugal, Espanha, Itália, Chile, Cabo Verde, Luxemburgo e Grécia, além do acordo multilateral com os países integrantes do Mercosul. Hoje, já somam oitenta mil os benefícios pagos com base nesse sistema; em 2007, apenas em São Paulo foram aprovados quatro mil. E há negociações em andamento para acordos com outros seis países, entre eles o Japão, a Síria e o Canadá; e os Estados Unidos, depois de muitos anos, sinalizaram positivamente para a abertura de negociações nesse sentido.

Nova Lei dos Estrangeiros e validação de diplomas universitários

Sem dúvida todas essas iniciativas devem ser aplaudidas, mas precisamos continuar avançando no sentido de adequar a legislação que temos aos novos tempos de integração e interdependência e acelerar as mudanças necessárias. Ainda se encontra no Congresso para aprovação o projeto da nova lei brasileira de imigração que virá substituir o Estatuto do Estrangeiro de 1980 (Lei 6.815), hoje totalmente ultrapassado. Implementada durante o regime militar, a Lei 6.815 reflete a época que foi concebida, quando a preocupação maior era com a segurança nacional, com o controle, porque os estrangeiros eram vistos como elementos nocivos, uma ameaça à soberania.

Outra questão em descompasso com os avanços anunciados é a absurda exigência de muitas universidades brasileiras – inclusive federais – de revalidação dos diplomas obtidos em cursos superiores realizados em países estrangeiros. Por um lado, esta exigência esbarra na necessidade, cada vez mais imperiosa, de se construir novas regras para o reconhecimento dos diplomas conferidos em outros países. Hoje, a mobilidade de estudantes e docentes é muito grande, e isto exige uma postura diferente em relação aos diplomas. Em primeiro lugar, porque a mobilidade de pessoas necessariamente implica mobilidade e troca de conhecimentos e saberes. Com que critérios poderiam então ser comparados programas e currículos entre países diferentes, se num mesmo país esses programas mudam ao longo do tempo? Além disso, o pretexto da preocupação com a qualidade pode ocultar o corporativismo de algumas categorias e a falácia do critério meritocrático, o que geralmente acaba obscurecendo outros interesses ou demandas sociais. Como diz a socióloga chilena Maria José Lemaitre: “qualidade não é só se preocupar com a entrada de alunos na universidade, não é ser seletivo ou rigoroso nesse processo. É também oferecer programas e cursos que tenham compromisso social”. O caso dos médicos graduados em Cuba que ainda não tem seus diplomas reconhecidos e por isto ficam impedidos de exercer a profissão no Brasil é bastante emblemático neste sentido.
E quando a exigência da revalidação recai também sobre cursos de graduação e pós-graduação de países membros de um bloco regional como o Mercosul, cujos acordos multilaterais prevêem o reconhecimento automático, para efeitos de pesquisa e docência, de diplomas conferidos em instituições de ensino devidamente reconhecidas nos seus países, fica mais difícil ainda de entender. Em nome de quê as universidades e seus regimentos acadêmicos marcham exatamente na contramão dos acordos de integração firmados e já vigorando entre os países do bloco? Eis uma questão que demanda atenção urgente das autoridades competentes, sob pena de transformar em letra morta o que poderia estar sendo comemorado como mais um avanço no sentido da liberdade e da democracia.

‘Faxina’ é principal atividade dos brasileiros em Londres (BBC Brasil)

O estudo “Brasileiros em Londres” conduzido pela Universidade Queen Mary em 2006, estima que a principal atividade desempenhada por brasileiros na capital inglesa envolve trabalhos de limpeza. O levantamento, que analisou dados obtidos a partir de um questionário aplicado a 423 brasileiros entre os meses de setembro e outubro de 2006, mostrou que 32% dos entrevistados faziam faxina em casas e escritórios. Deste total, cerca de 80% eram mulheres.
O ramo de hotelaria e restauração aparece em segundo, com 26% dos imigrantes empregados no setor. Em terceiro vêm os que trabalham como motoristas e motoboys (10%), seguidos pelos que atuam na construção civil (9%) e pelas que disseram trabalhar como babá (3%). Outros 13% disseram estar fazendo “outros serviços” e apenas 1% disse não estar trabalhando.
O presidente da Comissão de Relações Exteriores, deputado Severiano Alves (PDT-BA), lembra que o Brasil enfrenta problemas de validação dos diplomas de médicos que estudaram em Cuba ou na Bolívia, por exemplo. “A saúde em Cuba é diferente da daqui? O mundo se unificou, o conhecimento também”, afirmou. O deputado disse que os resultados do seminário serão levados aos ministérios da Educação e das Relações Exteriores, para que o País adote mecanismos de reconhecimento baseados nas semelhanças entre os currículos.

Também são boas as notícias para os estrangeiros que vivem no Brasil em situação “irregular”: o presidente Lula sancionou, em julho último, o projeto de lei (PL 1.664/2007) que anistia e abre caminho à legalização de milhares de migrantes que estão nesta situação no país. “Com a medida, o Brasil dá um exemplo ao mundo, especialmente aos países europeus e aos Estados Unidos, onde os imigrantes são perseguidos”, disse o relator do projeto, deputado Carlos Zarattini (PT-SP). Estima-se que o projeto vá beneficiar os estrangeiros que estão nesta condição e que ingressaram no Brasil até o 1º de fevereiro de 2009, ou seja, de 150 mil a 200 mil migrantes não-documentados. Constitui também um ato histórico, que coloca o Brasil, mais uma vez, em posição de destaque em termos de sua política de relações internacionais: enquanto a maioria dos países ricos fecham as suas portas aos migrantes, o Brasil segue a direção oposta. Essa nova tendência foi apontada pelo próprio presidente Lula durante a 98ª Conferência Internacional do Trabalho, na Suíça, evento que comemorou os 90 anos da Organização Internacional do trabalho (OIT), quando criticou os países ricos por estarem “jogando a culpa (pela crise) em cima dos migrantes” e reiterou o polêmico comentário feito durante a visita do primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, de que a crise financeira internacional teria sido provocada “por homens brancos e de olhos azuis”.


A regularização dos migrantes não afeta apenas os direitos imediatos, como o respeito ao salário mínimo e a definição de uma jornada de trabalho, mas também os direitos futuros. Como explica o secretário de políticas da Previdência Social, Helmut Schwarzer, a transferência de um trabalhador de um país para outro pode fazer com que ele não consiga cumprir integralmente, em um único país, os requisitos para ter benefícios previdenciários como a aposentadoria. O Brasil hoje mantém acordos sobre regras previdenciárias com sete países: Portugal, Espanha, Itália, Chile, Cabo Verde, Luxemburgo e Grécia, além do acordo multilateral com os países integrantes do Mercosul. Hoje, já somam oitenta mil os benefícios pagos com base nesse sistema; em 2007, apenas em São Paulo foram aprovados quatro mil. E há negociações em andamento para acordos com outros seis países, entre eles o Japão, a Síria e o Canadá; e os Estados Unidos, depois de muitos anos, sinalizaram positivamente para a abertura de negociações nesse sentido.

Nova Lei dos Estrangeiros e validação de diplomas universitários

Sem dúvida todas essas iniciativas devem ser aplaudidas, mas precisamos continuar avançando no sentido de adequar a legislação que temos aos novos tempos de integração e interdependência e acelerar as mudanças necessárias. Ainda se encontra no Congresso para aprovação o projeto da nova lei brasileira de imigração que virá substituir o Estatuto do Estrangeiro de 1980 (Lei 6.815), hoje totalmente ultrapassado. Implementada durante o regime militar, a Lei 6.815 reflete a época que foi concebida, quando a preocupação maior era com a segurança nacional, com o controle, porque os estrangeiros eram vistos como elementos nocivos, uma ameaça à soberania.
Outra questão em descompasso com os avanços anunciados é a absurda exigência de muitas universidades brasileiras – inclusive federais – de revalidação dos diplomas obtidos em cursos superiores realizados em países estrangeiros. Por um lado, esta exigência esbarra na necessidade, cada vez mais imperiosa, de se construir novas regras para o reconhecimento dos diplomas conferidos em outros países. Hoje, a mobilidade de estudantes e docentes é muito grande, e isto exige uma postura diferente em relação aos diplomas. Em primeiro lugar, porque a mobilidade de pessoas necessariamente implica mobilidade e troca de conhecimentos e saberes. Com que critérios poderiam então ser comparados programas e currículos entre países diferentes, se num mesmo país esses programas mudam ao longo do tempo? Além disso, o pretexto da preocupação com a qualidade pode ocultar o corporativismo de algumas categorias e a falácia do critério meritocrático, o que geralmente acaba obscurecendo outros interesses ou demandas sociais. Como diz a socióloga chilena Maria José Lemaitre: “qualidade não é só se preocupar com a entrada de alunos na universidade, não é ser seletivo ou rigoroso nesse processo. É também oferecer programas e cursos que tenham compromisso social”. O caso dos médicos graduados em Cuba que ainda não tem seus diplomas reconhecidos e por isto ficam impedidos de exercer a profissão no Brasil é bastante emblemático neste sentido.
E quando a exigência da revalidação recai também sobre cursos de graduação e pós-graduação de países membros de um bloco regional como o Mercosul, cujos acordos multilaterais prevêem o reconhecimento automático, para efeitos de pesquisa e docência, de diplomas conferidos em instituições de ensino devidamente reconhecidas nos seus países, fica mais difícil ainda de entender. Em nome de quê as universidades e seus regimentos acadêmicos marcham exatamente na contramão dos acordos de integração firmados e já vigorando entre os países do bloco? Eis uma questão que demanda atenção urgente das autoridades competentes, sob pena de transformar em letra morta o que poderia estar sendo comemorado como mais um avanço no sentido da liberdade e da democracia.

‘Faxina’ é principal atividade dos brasileiros em Londres (BBC Brasil)

O estudo “Brasileiros em Londres” conduzido pela Universidade Queen Mary em 2006, estima que a principal atividade desempenhada por brasileiros na capital inglesa envolve trabalhos de limpeza. O levantamento, que analisou dados obtidos a partir de um questionário aplicado a 423 brasileiros entre os meses de setembro e outubro de 2006, mostrou que 32% dos entrevistados faziam faxina em casas e escritórios. Deste total, cerca de 80% eram mulheres.

O ramo de hotelaria e restauração aparece em segundo, com 26% dos imigrantes empregados no setor. Em terceiro vêm os que trabalham como motoristas e motoboys (10%), seguidos pelos que atuam na construção civil (9%) e pelas que disseram trabalhar como babá (3%). Outros 13% disseram estar fazendo “outros serviços” e apenas 1% disse não estar trabalhando.
O presidente da Comissão de Relações Exteriores, deputado Severiano Alves (PDT-BA), lembra que o Brasil enfrenta problemas de validação dos diplomas de médicos que estudaram em Cuba ou na Bolívia, por exemplo. “A saúde em Cuba é diferente da daqui? O mundo se unificou, o conhecimento também”, afirmou. O deputado disse que os resultados do seminário serão levados aos ministérios da Educação e das Relações Exteriores, para que o País adote mecanismos de reconhecimento baseados nas semelhanças entre os currículos.